Por Patrícia Brito e Sergio Camargo
O Assunto, que sempre foi “tabu” nas discussões abertas, agora entra na pauta do Congresso Nacional.
O homossexualidade esteve presente na Sociedade desde os tempos mitológicos. As grandes orgias de Athenas já apontavam para a liberação do sexo entre iguais como uma prática natural.
Aos poucos os dogmas sociais e religiosos passaram a estigmatizar estas praticas e colocar seus praticantes ou defensores na clandestinidade. Não era de bom tom para as civilizações feudais nem para os nobres da época, bem como para a igreja, aceitar o relacionamento entre iguais. Iniciava-se aí uma verdadeira “caça as bruxas” que certamente se estende até os dias de hoje.
A sociedade contemporânea já aceita, de certo modo, algumas manifestações de preferência sexual. Ainda existe muita discriminação por parte de parte do corpo social contra aqueles que optam por se relacionarem com pessoas do mesmo sexo. Deve ser destacado comentário de Ronaldo Trindade em “Homossexualismo em São Paulo” (Pags: 253-254) quando diz: “ da ousadia de Florestan Fernandes, para quem o segmento homossexual era um grupo específico dentro da sociedade mais ampla - e não pessoas portadoras de uma patologia, como até então eram pensados no Brasil - , e do acesso de Barbosa da Silva ao círculo social composto de homossexuais de classe média em que convivia, abria-se a possibilidade para que o primeiro estudo sociológico moderno sobre homossexualidade fosse feito em São Paulo”.
Já um estudo feito pela Universidade Federal da Paraíba, coordenado pelo psicólogo Marcos Lacerda e editado pela Revista Psicologia - Reflexão e Crítica (UFRS) obteve resultados alarmantes, já que foram realizados dentro do ambiente acadêmico, pois indicaram que o preconceito contra homossexuais é latente em mais de três quartos dos estudantes pesquisados, em resposta a um questionário que pretendia avaliar os níveis de rejeição ao sentimento de intimidade, a escala da expressão emocional, a escala de explicações e a rejeição pura e simples. Nestes itens às mulheres foram bem mais preconceituosas ( 54% dos estudantes eram mulheres ) em relação aos estudantes homens. Todos os grupos apresentaram posições claras com relação ao assunto: Aqueles que se declararam não preconceituosos explicaram que baseiam suas considerações em explicações psicossociais - aceitam as diferenças pelo seu contexto e não como um desvio -, já os que declararam abertamente o preconceito contra os homossexuais tem nas explicações ético-morais-religiosas - sua base de argumentação ( desvios de caráter, falta de respeito ou moral, falta de fé etc...).
sexta-feira, 25 de maio de 2007
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Um comentário:
Patricia e Sergio, realmente o trabalho de vcs ficou muito bom. O assunto foi tratado de forma respeitosa e honesta. Parabéns!
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