Todo dia apressado
O motoboy sai de casa
Grande decepção é
Quando ele se atrasa
É uma rotina de aventura
Às vezes boa, outras dura
Quem dera moto tivesse asa
Assim seria melhor
Diminuiria o medo
Faria muito mais entregas
E não morreria tão cedo
Mas, nem tudo é tão triste
E o motoboy ainda insiste
Que a moto é seu melhor brinquedo
O motoboy faz loucuras
Se arrisca em espaços impossíveis
Ou ele não vê os carros
Ou os carros que são invisíveis
Ainda bem que alguns têm sorte
Os que não têm, só resta a morte
Todas as viagens são imprevísiveis
Esses são os motoboys
Odiados por alguns motoristas
Eles chegam quase sempre na hora
Nem que precisem aumentar as pistas
Passam por cima, no meio ou no lado
Talvez façam mesmo, tudo errado
Mas no asfalto são verdadeiros artistas
Marcus Salinas
domingo, 29 de abril de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Muito bom! Pessoalmente é emocionante assistir ao nascimento de um "cordelista". Amo a simplicidade e a verdade contidas num texto de cordel. Continue! (Ah! Vai ter que ler em sala!!!!!)
Muito bom Marcus Sabino, continue escrevendo cordel que você tem futuro garoto.
Postar um comentário