Sempre que se fala em cidadania, a lembrança romana, onde os direitos e deveres de uma pessoa nascida homem e livre eram plenamente alentados. Nem mulheres, nem escravos ou estrangeiros entravam neste grupo. Mas o fato de pessoas, que não necessariamente por apadrinhamento ou outro motivo que não o nascimento nestas condições, poderiam exercer o seu direito de manifestar-se contra o que porventura fosse injusto ou parcial era e é ainda nos dias de hoje, o motor de transformações numa sociedade organizada.
Pelo legado greco-romano que recebemos, às vezes só tomamos conhecimento desta “primogenitura” da cidadania. Mas, a título de conhecimento, é sempre bom mencionar que na Índia e na China antiga, encontramos expressões peculiares deste mesmo conceito humanista, geralmente imiscuídos ao caráter religioso ou mesmo filosófico. Mesmo depois do início da era cristã, quando o Islam nasce, a cidadania é abordada pelo estado teocrático da Umma Muslim, onde todos são iguais e têm direito ao voto, embora o direito ao sufrágio universal seja válido somente entre os mulçumanos, os povos englobados por suas seguidas dominações tomam parte da cidadania na Umma.
É usual, remeter-se imediatamente aos direitos universais dos homens, já de nossa época contemporânea, que nos põe mais uma vez em contato com este conceito subjetivo, e pela primeira vez oficialmente, temos a pretensão de estabelecer como independente de quaisquer fatores inibitórios tais direitos e igualdade.
A idéia de mídia, definitivamente mais recente que a cidadania, apresenta pré-conceitos populares, que devem ser estudados e esclarecidos enquanto comunicólogos socialmente responsáveis. Quais os seus deveres e seus favorecimentos, quais os efeitos sobre a sociedade, o indivíduo e o pensamento são temas que devem nos permear.
O encontro da mídia com a cidadania deve ser contínuo e reforçado, repensado e acrescentado, visto que as sociedades e as pessoas são dinâmicas e, especialmente em nossos dias, temos uma aceleração dos processos, das informações, e da formação do indivíduo. Do papel influenciador e por vezes delimitador da mídia, não temos dúvida, e por isto a razão de tanta parcimônia e discussão. Trazer ao cerne a cidadania não é apenas um ato reflexivo, mas mesmo compulsório, se quisermos que a comunicação tome forma literal e pró-ativa.
Olhar para as diferenças gritantes na sociedade, nem sendo necessário cair nos exemplos de lugar-comum é perceber que o papel do mediador é muito mais amplo e necessário do que os interesses de venda e lucro possam ditar. O que poderia ser mais paradoxal do que uma emissora possuidora dos mais altos meios tecnológicos e da mais glamourosa folha de pagamento, se os seus telespectadores mal sabem assinar o próprio nome? É lamentável não ser mera imaginação. O ambiente excludente, por motivos tantos que não nos cabe numerar, não nos desobriga de uma atitude mais penetrante e rápida.
Pelo legado greco-romano que recebemos, às vezes só tomamos conhecimento desta “primogenitura” da cidadania. Mas, a título de conhecimento, é sempre bom mencionar que na Índia e na China antiga, encontramos expressões peculiares deste mesmo conceito humanista, geralmente imiscuídos ao caráter religioso ou mesmo filosófico. Mesmo depois do início da era cristã, quando o Islam nasce, a cidadania é abordada pelo estado teocrático da Umma Muslim, onde todos são iguais e têm direito ao voto, embora o direito ao sufrágio universal seja válido somente entre os mulçumanos, os povos englobados por suas seguidas dominações tomam parte da cidadania na Umma.
É usual, remeter-se imediatamente aos direitos universais dos homens, já de nossa época contemporânea, que nos põe mais uma vez em contato com este conceito subjetivo, e pela primeira vez oficialmente, temos a pretensão de estabelecer como independente de quaisquer fatores inibitórios tais direitos e igualdade.
A idéia de mídia, definitivamente mais recente que a cidadania, apresenta pré-conceitos populares, que devem ser estudados e esclarecidos enquanto comunicólogos socialmente responsáveis. Quais os seus deveres e seus favorecimentos, quais os efeitos sobre a sociedade, o indivíduo e o pensamento são temas que devem nos permear.
O encontro da mídia com a cidadania deve ser contínuo e reforçado, repensado e acrescentado, visto que as sociedades e as pessoas são dinâmicas e, especialmente em nossos dias, temos uma aceleração dos processos, das informações, e da formação do indivíduo. Do papel influenciador e por vezes delimitador da mídia, não temos dúvida, e por isto a razão de tanta parcimônia e discussão. Trazer ao cerne a cidadania não é apenas um ato reflexivo, mas mesmo compulsório, se quisermos que a comunicação tome forma literal e pró-ativa.
Olhar para as diferenças gritantes na sociedade, nem sendo necessário cair nos exemplos de lugar-comum é perceber que o papel do mediador é muito mais amplo e necessário do que os interesses de venda e lucro possam ditar. O que poderia ser mais paradoxal do que uma emissora possuidora dos mais altos meios tecnológicos e da mais glamourosa folha de pagamento, se os seus telespectadores mal sabem assinar o próprio nome? É lamentável não ser mera imaginação. O ambiente excludente, por motivos tantos que não nos cabe numerar, não nos desobriga de uma atitude mais penetrante e rápida.
Assim como as informações não nos dão descanso um só segundo, também a reflexão e a ação sobre a cidadania, deveria nos importunar incessantemente.
texto originalmente apresentado para a disciplina de Mídia e Cidadania - Prof. Gilberto
Ao som de Climbing the Walls - Radiohead
Um comentário:
Jornalismo é uma profissão muito bonita.Mas tenho muito medo da falta de ética e de interesse social na profissão.
Temos sim, que nos esforçar para que ela continue sendo um meio de luta e de fortalecimento da cidadania.
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